Mercados disparam: bolsas globais sobem após avanços nas negociações entre EUA e China
- Igor
- 12 de mai.
- 2 min de leitura
Investidores celebram trégua comercial entre EUA e China; bolsas globais disparam
Os mercados financeiros globais reagiram com empolgação ao anúncio de um abrandamento na guerra comercial entre Estados Unidos e China, que vinha sendo abastecida pelas tarifas impostas pelo então presidente norte-americano Donald Trump. As medidas haviam causado volatilidade nos mercados, interrompido cadeias de suprimentos e levantado temores de recessão mundial.
Na segunda-feira (12), bolsas ao redor do mundo registraram fortes altas após os dois países sinalizarem uma redução significativa nas tarifas. O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,98%, enquanto o índice de tecnologia avançou mais de 5% — ambas as maiores altas diárias desde o início de março.
Na China continental, o índice de Xangai fechou com alta de 0,82%, e o CSI300, que reúne as maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,16%.
O iuan também se valorizou, atingindo 7,2001 por dólar — seu maior nível em seis meses. No mercado offshore, a moeda chinesa ganhou mais de 0,5%.
“O resultado superou as expectativas. Antes, o mercado só esperava que os dois lados retomassem o diálogo. A confiança estava bastante abalada”, afirmou William Xin, presidente do fundo de hedge Spring Mountain Pu Jiang Investment Management, em Xangai.

Na Europa, o otimismo também contagiou os mercados: o índice DAX, da Alemanha, subiu 1,2%, enquanto o francês CAC avançou 1%. O FTSE 100, de Londres, registrou alta de 0,3% no início do pregão.
Os futuros de ações nos Estados Unidos indicavam um início de sessão forte. O Dow Jones apontava para uma alta de 2,1%, enquanto os futuros do S&P 500 e do Nasdaq subiam 2,7% e 3,6%, respectivamente.
O dólar americano também ganhou força com o avanço nas negociações. O índice ICE Dollar — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas — subiu 1,3%, alcançando 102 pontos.
O petróleo Brent, referência global da commodity, era negociado com alta de 2,8%.
“Isso dá tempo para a construção de um acordo mais robusto”, avaliou Neil Wilson, estrategista da Saxo Markets. Segundo ele, o processo de reequilíbrio econômico global continua em curso, apesar de declarações diplomáticas que minimizem uma eventual dissociação entre as duas maiores economias do mundo.
“Mas sejamos claros: os EUA estão, sim, buscando uma dissociação estratégica”, concluiu Wilson.




Comentários